A conversa de três minutos

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Eu poderia contar quantas vezes suspirei -pesadamente- antes de escrever esse texto. Tem dias que nem a menor partícula do universo consegue conspirar a nosso favor, foi aí que eu me lembrei daquela conversa de três minutos. Abri o rascunho e li o original desse texto, nada condizia com o meu momento atual, aí lembrei da nossa conversa novamente e decidi que a melhor forma de fazer esse texto acontecer era te agradecer.

Pois é, foram três minutos que salvaram a minha vida, de certa forma. Várias vezes, se você quer saber. Até perdi a conta de quantas vezes esse ano eu me senti desanimada de fazer as coisas que gosto, acabamos de chegar em maio e eu já pensei em desistir umas dez vezes. Mas aí me lembro da nossa conversa. Poxa, eu nunca esperava ouvir que eu inspirava as pessoas, na verdade continuo não acreditando nisso, mas, se você que está de fora disse, acho que vou começar a acreditar.

Antes eu achava bobagem, mas agora acredito na força incrível das palavras. Seja para falar que você inspira as outras pessoas e que você deveria continuar fazendo isso e não desanimar, ou ao ouvir um “oi, muito trabalho?” daquela cara que você acha bonito e não tem coragem de puxar papo. Pois é, as palavras tem poder.

Por isso decidir agradecer à você, Sander, pela nossa conversa de três minutos que nem sei se você se lembra mais. Eu me lembro, toda vez que eu desanimo ouço você falando “como a pessoa que inspira as outras pode desanimar?”. A gente se fala pouco e se vê menos ainda, mas mesmo assim você me disse essas palavras com a força de um velho amigo. E também não sei se você vai ler isso neste momento, mas se ler, quero que saiba que eu não te agradeci pessoalmente por que achei que deixar isso registrado na forma de um texto (como sei me expressar melhor) seria muito mais notório e achei que você ia gostar mais haha.

Torço para ter mais conversas rápidas como essa, infinitamente mais útil que longos sermões encorajadores. E torço, também, para que o “cara bonito” não leia esse texto.

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