Três lugares legais para comer em SP

Habeamus lugares legais, bons e baratos para comer. Todos em São Paulo e facilzinho de chegar.

Mirante Efêmero: restaurante que fica no Mirante 9 de Julho, atrás da MASP. A cada três meses eles renovam o cardápio que é assinado por um chefe. Os pratos são muito bem servidos, com uma apresentação bem bonita. Aquela comida que dá gosto de ver sabe. Fui no sábado no meio do dia e estava relativamente vazio, mas como era carnaval não sei dizer se o lugar enche nesse horário. Além disso você tem a vista linda do Mirante que da para a Av. 9 de julho. O legal do lugar é que ele é aberto, não é um lugar fechado com quatro paredes, não senhor. Da para sentir um brisinha enquanto você come. O preço é bem amigo, um prato sai por cerca de 25,00. Abaixo está o prato que eu pedi, essa foto eu peguei na page deles porque esqueci de tirar no dia, mas juro que é igualzinho haha

Original Red Nose Burger & Hot Dog: sim minha gente, a Red Nose tem uma hamburgueria e ela fica na praça de alimentação do Shopping Light, Centro de São Paulo. Sim meus queridos, na praça de alimentação. O hambúrguer é bem feito, fresquinho, o pão é douradinho em cima, o bacon é crocante e a batata frita, além de ser barata (R$3,00 a porção) ela vem com a maionese da casa, muito boa por sinal. E sabe o que é melhor? Hambúrguer artesanal a preço amigo. Lanche com hambúrguer 120g de bacon + batata + bebida sai por cerca de 27,00. E você aí comendo Mc Donald’s haha. Mais uma vez não tirei foto mas o lanche condiz com esse da foto da page deles.

Burger Joint: tradicional hamburgueria Nova-iorquina, abriu uma franquia na Bela Cintra e uma no Shopping Top Center, nessa unidade a decoração trás vários posteres de cinema e música, paredes onde você pode escrever e um ambiente intimista. Os lanches são bons e o cardápio é bem enxuto, o que é ótimo para pessoas indecisas como eu. Não peça o hambúrguer ao ponto porque não vem muito bom, mas de resto está tudo ok. Os lanches são servidos embrulhados em papel e a batata em saquinhos de papel. O preço também é amigo, lanche com bacon + batata + bebida sai por cerca de 32,00. Na foto de baixo eu já tinha comido o lanche haha

Quando decidi comer menos fest food (já não tinha muito desse habito antes) descobri vários lugares legais, com comida boa e preços bons. Além disso você conhece mais da sua própria cidade, ou no meu caso, da minha segunda cidade haha Dá para ser feliz sem toda aquela gordura e filas do BK e cia.

Caso você, querido leitor, tenha indicações de doceiras em SP tô super aceitando :)

6 on 6 | Te esperando na janela

Mais um 6 no 6, furei o mês passado, o tema era mulher e fiquei triste por não ter conseguido participar. Mas, aqui estamos esse mês e o tema é portas e janelas. Não sei vocês, mas eu adoro janelas, adoro portas, adoro casinhas que parecem de campo, é uma gracinha não é.


Essa foto é a porta da sala da casa dos meus avós. Eu adoro essa casa, me trás tantas lembranças boas da infância, de quando a gente brincava o dia inteiro sem se preocupar com nada.


Essas duas são de dois prédios da faculdade, o primeiro fica perto da biblioteca e o segundo não sei o que é haha nunca entrei nesse bloco. Os prédios são antigos e é comum o pessoal usar para tirar fotos, até um longa nacional já foi gravado por lá.


Essas são as muitas janelinhas dos prédios que ficam na Av. 9 de julho da vista do mirante.



E essas duas são de uma rua bem colorida, o El Carminito em Buenos Aires, que fica no bairro La Boca, onde também se encontra do estágio do Boca Juniors. Que saudade desse lugar <3

Também participam Retratos e Diários, Catarina Voltou a Escrever, Sariando por aí, O Outro Lado, Frascos de Memória

Não tem mais ninguém aí? 


Não amigo, só tem eu mesmo. Só tem eu para te atender e resolver seu problema, igual meus colegas fariam. Com a mesma qualidade, o mesmo conhecimento, a mesma educação.

Você pode não gostar, você pode achar que eu não seria tão competente quanto eles, você pode até achar que eu não trabalho nesse setor mesmo eu te atendendo outras vezes, você pode fazer essa mesma pergunta outras mil vezes, mesmo assim só vai ter eu mesmo.

Você pode até se perguntar o que essa menina tá fazendo aí? Você pode se perguntar porque contrataram ela, ou se perguntar o que eu ainda estou fazendo nesse emprego, mesmo assim, só vai ter eu para te atender.

Quando eu te falar que nenhum dos meus colegas estão, você não precisa me perguntar se não tem mais ninguém para te atender, eu já entendi que não é comigo que você quer falar.

Mesmo só tendo eu para atender, você pode fazer um grande esforço e fingir que tudo bem ser atendido por mim, que é uma situação normal e você pode até tentar acreditar que eu vou resolver seu problema com eficiência. Mas isso é só para gente evitar uma situação constrangedora mesmo.

Só tem eu para te atender e eu só queria que você soubesse que eu adoraria passar um dia ser presenciar essa desconfiança toda. Eu não queria ser conhecida como uma mulher numa profissão de homem, eu queria ser uma profissional, apenas.

Precisamos falar sobre cinema nacional

Antes de mais nada, vou deixar claro que não sou perito nem especialista em cinema (estou longe de ser) e tudo o que está escrito aqui é com base nos filmes que vi.

O cinema nacional é maravilho! Então porque tanta gente odeia? Vamos por parte. Primeiro fator: síndrome do vira-lata, aquela velha ideia que as pessoas têm de que nada do que é feito no Brasil presta, com o cinema não seria diferente. O cara pode achar aquele filme do Adam Sandler ótimo e desprezar o Auto da Compadecida só porque é nacional. O cara pode não ter visto nenhum filme brasileiro pelo simples fato de ter sido produzido aqui, ele já vem com aquele pensamento “é ruim, é nacional então é ruim, vou aqui ver Transformer

Acho que esse é um dos piores fatores, porque a síndrome do vira-lata é difícil de curar e se propaga. Você está na fila do cinema e ouve a pessoa do lado falar, “nossa, filme nacional é uma bosta”, aquilo te contagia e você vai preferir ver Cinquenta Tons de Cinza.

Segundo fator: vendo os filmes errados. Não que tenha filme errado, não é isso, mas não dá para medir a grandiosidade do nosso cinema a partir daquela comédia água-com-açúcar que está bombando. Esses filmes são bem pontuais, vão entreter naquele momento mas, nada que possamos dizer “nossa, filmão eim”. Na época que o filme Que Horas Ela Volta? estreou ele saiu em poucas salas de cinema, geralmente nas grandes capitais, e estamos falando de um filme premiado. Minha mãe é uma peça saiu no país todo e com vários horários. Claro que isso depende da distribuidora, da divulgação, mas depende também do interesse do público por esse tipo de filme, ou seja, se o público no geral se interessasse mais, haveria mais filmes nacionais em cartaz.

O fato é que já temos comentários prontos para criticar nosso cinema. Um amigo disse que nossos filmes são ruins, mas ele mesmo viu muito pouco para poder tirar essa conclusão. Outro disse que apenas 0,1% são bons, mas não soube listar quando questionei que ele deve ter visto filme pra caramba para tirar essa conclusão. Na página da Ansine comentaram “se é com a Regina Casé então é ruim”, detalhe que ela estava ótima no papel. Resumindo, falamos muito e vemos pouco. Ninguém tem embasamento para críticas, ninguém está disposto a ver mais filmes, ninguém está de coração aberto para o nosso cinema.

O assunto é extenso, as opiniões são muitas, mas eu só queria deixar essa lista de filmes que eu gosto bastante e que, se você estiver de coração aberto, vai te agradar também.

E eu juro que não tenho nada contra Cinquenta Tons de Cinza, nem Transformers, nem nenhum filme do gênero :)

O Auto da Compadecia
Clássico de 1999, se passa no sertão nordestino e tem como personagens principais João Grilo e Chicó. Os dois são pobres e vivem de golpes e pequenos negócios. Em um dos golpes eles se metem com um temido cangaceiro e até contas ao diabo eles têm que prestar.

Lisbela e o Prisioneiro
Outro filme que tem como plano de fundo o nordeste, trás Lisbela, moça amante do cinema e Leléu, malandro conquistador. Os dois acabam se conhecendo e logo se apaixonam, mas Lisbela está noiva. Além dos problemas que essa paixão causa, um matador está atrás de Leléu.

Bicho de Sete Cabeças
Um Rodrigo Santoro novinho dá vida a Neto, um jovem que tem um difícil relacionamento com seu pai Wilson, a situação chega a um ponto extremo e Wilson manda seu filho ao manicômio. Lá ele convive com situações terríveis de um sistema que consome suas presas lentamente.

Cidade de Deus
Se passa na favela de Cidade de Deus em meados de 1970. Buscapé, jovem pobre que cresceu cercado pela violência, seguiu um caminho diferente do irmão e amigos graças ao seu talento fotográfico. Paralelo a isso o filme trás a história do traficante Zé Pequeno.

Meu Pé de Laranja Lima
Zezé é um garoto de oito anos, muito levado, que mora no interior de minas e vive uma vida bem simples devido seu pai estar desempregado há bastante tempo. Passa horas conversando com um pé de laranja lima que tem no quintal de sua casa. Conhece Portuga, apesar de uns atritos eles acabam se tornando bons amigos. A trama é bem complexa.

O Home do Futuro
Filme de comédia com ficção cientifica, trás Wagner Moura como Zero, um cientista meio maluco e amargo que constrói uma máquina do tempo para voltar o passado e consertar seus erros. O problema é que sempre que ele volta algo no futuro se altera, sempre causando mais estragos no presente.

Deus é Brasileiro
Deus (Antônio Fagundes) decide tirar férias e está a procura de um substituto, decide vir ao Brasil, terra muito religiosa, a procura de um santo. Taoca, borracheiro e pescador, é seu guia junto com Madá, moça cheia de paixão. O filme percorre paisagens de Alagoas, Tocantins e Pernambuco.

Que horas ela volta
Filme premiado, trás Regina Casé ótima no papel de Val, uma pernambucana que vai para São Paulo em busca de melhores condições para sua filha, Jéssica. Anos mais tarde, Jéssica liga avisando que irá para São Paulo prestar vestibular e ficará com a mãe. Os patrões de Val acolhem bem a menina, a principio, mas fica escancarado as diferenças entre patrão e empregada.

Valorizem o cinema nacional :)

Mad girl

Só queria dizer que já é abril, que abril começa com “a” e que vai ter BEDA sim, porque é isso que fazemos, nos dedicamos a projetos que não iremos terminar, mas né, qual seria a graça da vida se não fosse assim.

Não tenho pautas prontas, nem ideias para posts, nem nada planejado, nem tempo para escrever, nem juízo, só vamos mesmo rs

Aproveitando, descobri essa música por acaso, é da Ana Vilela e nessa versão ela canta com o Luan Santana. Apenas prestem atenção nessa letra

Começamos com o pé direto :)

Das coisas que eu já não sinto mais

Não é que eu deixei de achar que as segundas-feiras foram feitas para você, ou que você não tem mais cara de banho tomado, ou que eu deixei de me impressionar com seu cabelo bem cortado e sua barba bem feita. É que você é só mais um cara com jeito de descansado na segunda, você é só mais um cara bem arrumado, você é só mais um cara, dentre tantos outros caras, com cabelo cortado e barba bem feita.

Não que você não seja uma pessoa incrível, é que eu já não acho mais que você seja incrível. Não que você não tenha mais essa postura de cara bem educado, mas é que eu me lembro mais das suas grosserias. Claro que você deve continuar sendo aquele cara bom de papo, mas é que você só me ignorava. Talvez você até seja inteligente como eu pensava, mas é que só não parece mesmo. Não que eu não continue achando seu sorriso lindo, mas é que há tanto sorrisos lindos por aí, que as vezes eu até me esqueço do seu. Eu até posso continuar te defendendo hora ou outra, mas é só pelo habito mesmo.

Não que eu não te observe mais, mas é que eu nem lembro mais de te observar. Não que você tenha perdido todas as qualidade que eu achei que você tivesse, mas me pergunto, você tinha alguma delas? Não que você deixou de ser importante, mas algum dia eu já fui? Não que você seja mais um, mas é que você se tornou só mais um.

Notas sobre o carnaval

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Carnaval, época que deixa as pessoas soltinhas, soltinhas haha

Estava na Luz, descendo as escadas para pegar a linha azul, a estação estava lo-ta-da, todo mundo seguindo para seus devidos bloquinhos e eu só queria ir para casa mesmo. Na minha frente na escada tinha dois caras carregando um cooler de bebidas, aí eu  decidi mudar de escada e fui para o lado, bem do lado de um loiro muito bonito. Eis que o loiro muito bonito decidi falar comigo.

-Oi, você tá indo pro carnaval?

-Não, tô indo pra casa.

-Como assim você não vai pro carnaval!! Você tem namorado?

-Não tenho não

-Nossa, você não vai pro carnaval então tá fazendo o que aqui? Porque não vai no carnaval?

-Só vim almoçar com um amigo, não moro aqui.

-Não mora aqui? Nossa, esse seu amigo é seu namorado né, pode falar

-Eu não tenho namorado

Eis que o cara tira os óculos e eu vejo aqueles belos olhos azuis.

-Você é tão linda, você é muito linda, eu só tenho quinze segundos ~cara de tá batendo o desespero~

Aí os amigos dele, que era muitos, gritaram “beija, beija, beija”. O metro chegou e eles gritaram “não beija, não beija, não beija”

Ele olhou pra mim com aquela cara “não sei o que fazer, volta aqui moça, vamos pro bloquinho” e eu olhei com aquela cara “volta aqui moço, vai pro bloquinho mais tarde”.

Mais um amor de metro que vai embora, e eu fiquei com aquela sensação, devia ter dado uns beijos nele, na correria mesmo, só para virar cena de cinema.

Vida que segue

No caminho para casa, senta do meu lado um cara super simpático, perguntou que horas que o ônibus chegava na rodoviária, perguntou se eu morava em SP, o que eu fazia por lá, se eu gostava de carnaval, onde eu estudava. A propósito, ele é de Guarulhos, mas os pais moram em Jundiaí, ele ia viajar para Portugal no dia seguinte e passou para fazer uma visita antes disso e, segundo os áudios do WhatsApp, ele ama de mais a namorada.

Um pouco mais tarde, esperando minha mãe me buscar, eis que para do meu lado um cara, mas eu não vi o dito cujo, aí olho para o lado e tomo um PUTA DE UM SUSTO, que assustei o cara também. Aí ele:

-Calma moça

-Você me assustou

-Desculpa. Você tá esperando alguém?

-Minha mãe

-Posso te dar um beijo no rosto

-Pode

Beijo no rosto dado e vida que segue novamente.

Bem que podia ter uns dias a mais de carnaval espalhados pelo ano.

Bloco de notas #5 

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Semana passada eu precisei ir na prefeitura resolver uns problemas e o calor era aquele de rachar mamona, eu tava com uma sede que não tava escrito e não achei o bendito bebedouro para tomar uma aguinha. Eis que eu precisei ir no carro buscar uns documentos e o jardineiro da prefeitura me viu e disse: “vai tomar água moça, tá muito calor, não fica sem beber água não, ó atras da porta lá na prefeitura tem bebedouro, vai lá”. Olha, aquele senhor foi a prova de que pessoas boas existem.

Quarta passada eu voltei de férias mas, só hoje eu entrei no ritmo, vi pessoas que eu não vai fazia tempo, resolvi problemas, andei pela fábrica e, gente, como é bom ouvir elogios. “Que bom que eu tô falando com a pessoa certa”, “pode deixar que que a Beatriz resolve”, “Nossa, muito obrigado mesmo”. Por mais simples, fácil e rápido que seja para mim resolver certos problemas, para a outra pessoa faz uma puta diferença e essa agilidade conta muitos pontos. É gostoso saber que as pessoas valorizam seu trabalho e que seus  esforços fazem diferença para alguém.

Quando o filósofo disse que a felicidade estava nas pequenas coisas, ele não estava mentindo.

E para finalizar, acabou de entrar uma menina na van para faculdade que está com um perfume doce tão forte. Tá calor, o ar condicionado tá fraco e o perfume é muito doce. Queridos não usem perfume doce nesse calor dos infernos, a tia agradece haha

Beijos de luz :)

6 on 6 | SP

Ano novo, projeto novo não é mesmo. O 6 on 6 funciona assim: são 6 blogs participantes que vão postar todo dia 6 de cada mês 6 fotos com um tema especifico. Esse mês o tema foi livre, então escolhi umas fotos que tirei em São Paulo.

Não sei tirar fotos, não tenho aquela essência poética para tirar boas fotos, então achei que esse seria um bom exercício para treinar o olhar.

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Gosto muito de tirar fotos de construções, prédios, casas para depois ficar olhando e ver algum detalhe que não percebi na hora da foto. Esses são o Copan e a Pinacoteca de São Paulo.

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Outro tipo de foto que gosto bastante são em escadas ou olhando pro nada. Funciona assim, eu escolho o lugar, faço a pose e o Marcelo, que além de amigo também é meu fotografo particular, tira as fotos haha Essas são no centro de São Paulo e na Pinacoteca.

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Eu gostei dessa porque ela ficou meio conceitual haha Nesse dia não consegui comer meu sonhado canole, porque a fila para entrar estava imensa. Também foi o dia que eu conheci o amor da minha vida (durou 2 minutos). Gosto de fotos de faixadas de lojas bonitas, mas tenho uma certa vergonha de fotografar haha Essa é a loja do Cake Boss na Bela Vista.

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E para encerrar fica aqui a lição desse poster: “Fundamental é mesmo o hambúrguer, é impossível ser feliz faminto”. Só verdades né minha gente haha Esse poster está na Joint Burger no Shopping Center 3 na Paulista. A casa toda é decorada com poster de cinema e bandas, as paredes são todas escritas por pessoas que já passaram por lá, tem até os canetas disponíveis para escrever onde tiver um lugarzinho. Não gostei muito do hambúrguer, mas o ambiente é bem aconchegante e o preço é justo, então recomendo a visita.

Também participam do 6 on 6: Retratos e Diários, Catarina Voltou a Escrever, Sariando por aí

Encontrei o amor da minha vida… e ele se foi

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São Paulo, 18:00 aproximadamente, rua Bela Cintra. Ele tinha um e oitenta, por aí. Na casa dos trinta e poucos. Meio loiro, barba. Bermuda, chinelo e camiseta rosa queimado. Bebendo com os amigos em um barzinho. Eu passei do lado, ele me viu, deu uma olhada. Eu vi ele e dei uma olhada. Os olhares se encontraram e eu não consegui desviar, nem ele. Passei, ele virou na cadeira e foi me acompanhando com um meio sorriso, aquele tipo de sorriso mesmo, que nos faz pensar “qual será o tipo dele?”. Também virei pra trás na direção dele com o mesmo meio sorriso que ele me ofereceu. Nossos olhares se mantiveram até nos perder de vista.

Tipica cena de cinema.

Um tempinho depois, voltei pela mesma rua e lá estava ele, de pé conversando com uns amigos, um cigarro na mão. Ele estava distraído com  o cigarro, não me viu passar de volta, não pôde anotar meu número nem perguntar meu nome. Perdeu a oportunidade de conhecer aquela que seria a mulher da vida dele e eu perdi aquele homem de vista.

Paciência. Não posso obrigar ninguém a ser feliz.